Ser influenciável ou influenciar? Se convencer em uma propaganda de televisão ou no depoimento daquele artista que você segue no Instagram? A era da influência está tomando rumos impressionantes e o mundo dos negócios não está ficando para trás neste quesito. Marcas e influenciadores digitais trabalham juntos e as ações podem ser as mais variadas, não se limitando apenas às redes sociais. Os influenciadores digitais se tornaram a profissão do momento e, principalmente entre os jovens, a solução para ter liberdade na hora de trabalhar.
Pessoas formadoras de opinião já existem há anos e muito se via em jornais, através de colunas de jornalistas e comunicadores, como também em rádios e outros meios de comunicação. A internet foi a responsável por fomentar essas opiniões e deixar as pessoas mais próximas, criando conexão e relacionamento.
Nesse post, conversamos com diferentes influenciadores para saber a opinião de cada um sobre este mercado e o trabalho de parceria com as marcas, que têm trazido retornos financeiros excelentes para ambos os lados. Continue lendo para saber mais e, quem sabe, se inspirar a começar a carreira de influencer!
Como ser um influenciador de verdade
A grande questão é que não basta postar alguns vídeos, aparecer de vez em quando e achar que está arrasando na influência. Para ser um influenciador de verdade e ter retorno com isso, é importante ter propriedade sobre o que você está falando e principalmente, passar verdade e credibilidade a quem te segue.
Para a jornalista e comunicadora Roberta Pschichholz, as parcerias devem ser feitas quando há uma sinergia entre marcas e influenciadores digitais. Fazer uma publi por fazer soa falso e o público não compra aquilo que não é real ou até mesmo que não condiz com a realidade daquele influenciador. “O essencial é ser de verdade, agir conforme os teus valores e princípios. Tentar ser o que você não é, não vai te levar a qualquer lugar”, afirma Roberta.
A responsabilidade que o influenciador deve ter também é ponto importante, pois é uma informação que está sendo levada a milhares de pessoas e o comprometimento com a verdade deve ser a base de tudo. “Ser real, verdadeiro, fiel aos teus ideais e construir teu posicionamento com base nisso, de maneira natural e orgânica. Pois de fake já bastam as notícias”, comenta Roberta.
A influência nos negócios
Segundo pesquisas, o Brasil é o país mais influenciado nas redes sociais. Cerca de 84% da população afirma já ter tomado decisões a partir de opiniões de influenciadores. E os números não param por aí! Acredita-se que 65% dos usuários do Instagram no Brasil sigam ao menos um influenciador, e cerca de 1 milhão de brasileiros se intitulam como influenciadores digitais.
O marketing de influência, que neste caso seria a estratégia para os influenciadores, já movimenta enormes quantias no mundo inteiro. Uma pesquisa do Business Insider mostra que a previsão para 2022 é de que o marketing de influência arrecade US$ 15 bilhões, o que equivale a cerca de 79 bilhões de reais. Para a empreendedora e influenciadora Scheron Pipoca, as marcas que não estiverem atentas a esse formato poderão sofrer na área comercia. “As empresas que não estão fazendo a contratação de influenciadores para o posicionamento e fortalecimento da sua marca vão sentir cada dia mais o enfraquecimento na relação com os seus clientes e perder o contato com potenciais consumidores”.
O “publi” é uma estratégia tão em alta que os próprios sites de redes sociais, como Instagram e Facebook, já lançaram e continuam lançando recursos dentro das plataformas para este público, afinal é a era da influência.
São opções como link para ir direto ao site da empresa, loja online para fomentar o e-commerce, lista de favoritos para que os fãs possam seguir seus influenciadores e por aí vai. São recursos que estão sempre sendo atualizados para garantir uma melhor experiência para todos. Um spoiler liberado pelo head do Instagram, Adam Mosseri, já indicou que para 2022 a plataforma pretende atualizar o Feed e está em testes, e a ideia é que a pessoa possa selecionar melhor o que quer ver em sua tela inicial de postagens. De acordo com o spoiler, o feed poderá ser visto de três diferentes formas: cronológicas, por sugestões do próprio algoritmo ou apenas os posts de perfis marcados como favoritos, ou seja, um feed bem selecionado. E neste caso, como as marcas poderão continuar aparecendo? É preciso instigar e se fazer presente e com a ajuda dos influenciadores, isso pode ser decisivo!
Os influenciadores como verdadeiros outdoors
“Se o Instagram é um cartão de visitas, os influenciadores são um grande outdoor na estrada”. É assim que a empreendedora e Quiropraxista Stephanie Steigleder enxerga a profissão de influenciadores digitais, com a qual também atua. Stephanie é influenciadora do seu próprio negócio e com isso, atrai cerca de 80% dos seus clientes através das redes sociais. Para ela, os influenciadores são os novos “boca a boca”, pois não promovem apenas o negócio, mas dividem com seus seguidores a sua própria experiência. “Quanto mais natural e real for essa conexão, mais as pessoas vão se convencer a conhecer o serviço ou produto da marca. Ele vai querer ver para crer”, comenta Stephanie.
Neste caso, onde a pessoa que se torna influenciadora é também a dona do negócio, o trabalho digital acaba fazendo parte do dia a dia e se torna ainda mais importante. Stephanie entende e sabe da importância disso, principalmente em uma área ainda desconhecida como a sua. “O resultado é incrível, porém vem na mesma medida da dedicação, criatividade e interação constante. Eles gostam do que compartilho, aprendem com as minhas dicas e ficam interessados em conhecer meu trabalho e me conhecer. Pelo perfil consigo mostrar quem eles vão encontrar na consulta, passar credibilidade e conhecimento e me mostrar acessível. Meu consultório virtual é uma extensão do presencial”, afirma Stephanie.
Ainda é preciso atenção e estudo para este mercado
Apesar do setor estar em larga expansão e evoluindo a cada dia, ainda existe resistência por parte das empresas em apostar neste tipo de estratégia, e por parte das influenciadoras, ainda existe um despreparo. Scheron Pipoca reforça que no Rio Grande do Sul isso acontece muito. “Entendo os dois lados: tem a empresa que não sabe fazer a contratação correta de uma influenciadora (não sabe como escolher e elaborar uma estratégia para melhor aproveitar a campanha, e não valoriza o trabalho realizado”, comenta Scheron. “As empresas esperam grandes resultados em pouco tempo, sem muitas vezes nem apresentar de forma correta a empresa para a pessoa que irá representa-la”, destaca a influenciadora. Já para as profissionais das redes sociais, o despreparo acontece em todas as fases do processo. “Infelizmente em nossa região temos poucos influenciadores realmente profissionais. Poucos sabem negociar com a empresa, elaborar de forma conjunta uma campanha e fazer a entrega de um bom material para o cliente. Sem contar o ego, onde muitos acabam comprando seguidores para chamar a atenção do mercado e não trazem o resultado esperando, gerando desconfiança por parte das empresas e insegurança na hora de contratar”, explica Scheron.
A empreendedora e mentora de negócios indica que o certo é que ambos os lados busquem informações e entendam melhor sobre as estratégias de marketing de influência para construírem uma parceria de sucesso e assim, gerar ótimos resultados.
A sua marca já usa essa estratégia?
Empresas faturam muito e têm ótimos retornos de visibilidade com esta estratégia de negócio. A sua empresa já utiliza de influenciadores para parcerias? As possibilidades são muitas e a criatividade rola a solta quando se trata do assunto.
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